Você sabia que a perda auditiva, mesmo que ainda não tenha alcançado o nível de surdez total, tem relação direta com o isolamento do indivíduo? Na terceira idade e mesmo muito antes, com o passar dos anos, nosso organismo passa a responder de forma diferente aos estímulos. E isso compromete e estreita a relação entre surdez e depressão.
Dai a atenção que devemos ter para conosco e, também, em relação às pessoas do nosso convívio. De modo a identificar possíveis falhas de audição e poder ajudar.
Prossiga com a leitura para entender melhor sobre o assunto!
Saiba mais sobre a diminuição da audição
Conhecida como presbiacusia, a deficiência auditiva pode ocorrer devido ao desgaste provocado pelo envelhecimento das células auditivas. Da mesma forma como ocorre em qualquer outra parte do corpo.
A história humana mostra conflitos no processo de compreensão do fenômeno da surdez. Ela já chegou até a ser considerada maldição, loucura e aberração. Coisa triste. Mas atualmente é definida como uma patologia congênita ou adquirida, graças a evolução dos diversos estudos sobre o tema.
A surdez é a incapacidade de o cérebro processar e decodificar, parcial ou totalmente, os estímulos sonoros enviados por meio do nervo auditivo do ouvido. Isso ocorre devido à falhas no mecanismo de transmissão desses estímulos.
A boa notícia é que graças às novas tecnologias disponíveis e estudos recentes, é possível a pessoa que sofre de deficiência auditiva ter uma vida praticamente normal. E um detalhe importante: Quanto antes for detectada, melhor e mais facilmente pode ser tratada.
Relação entre surdez e depressão
Agora você deve estar se perguntando, mas o que isso tudo tem a ver com depressão? Vamos explicar melhor. Ocorre que as pessoas esperam em média seis anos depois dos primeiros sinais de perda de audição para tomar alguma providência.
E mais, as estatísticas demonstram que dois a cada três idosos acima de 70 anos jamais utilizaram um aparelho auditivo, mesmo tendo necessidade. E só 16% dos adultos entre 20 e 69 anos que tinham problemas auditivos tentaram usar um aparelho.
Diversas razões levam a estes números. Entre elas, a negação do problema, pouca conscientização, preconceito, motivos estéticos, vaidade, condições financeiras, falta de informação correta.
É comum, ainda, que as pessoas que não procuram ajuda e nem usam aparelhos auditivos sintam um misto de raiva, frustração e ansiedade. E destes sintomas ao isolamento social e à uma depressão mais séria pode ser um passo.
Por isso, é preciso cuidar para que esta situação não venha a acontecer. O ideal é o convencimento para que se procure auxílio médico. Somente isso pode ajudar a pessoa à saber exatamente o grau da perda auditiva, a necessidade ou não do aparelho, enfim a prescrição do tratamento adequado para cada caso.
Como identificar se há perda auditiva
Ás vezes, um familiar próximo, um cuidador, o professor, enfim uma pessoa do convívio e até mesmo a própria pessoa que sofre de deficiência auditiva têm dificuldade em identificar o problema. Se este é o seu caso, vamos dar algumas dicas para você ficar atento:
- Limitação em fazer coisas corriqueiras como assistir TV, ouvir rádio, acompanhar uma música, ir ao cinema, falar ao telefone ou dialogar, por exemplo;
- Dificuldade de percepção de determinados sons, como os agudos;
- Comentário do tipo “eu escuto, mas não entendo”;
- Percepção melhor das vogais que são graves e pior das consoantes que são agudas;
- Captação de parte da informação e confusão para entender o sentido de frases mais complexas;
- Zumbido no ouvido.
Estabilidade emotiva x qualidade de vida
Importante lembrar que esses aspectos citados acima são apenas dicas para leigos. Nada substitui a recomendação do médico otorrino e do fonoaudiólogo. Eles são os profissionais capazes de ajudar a pessoa com deficiência auditiva, mesmo que parcial, a retomar o controle sobre a vida, atingir a estabilidade emotiva e, consequentemente, melhora sua qualidade de vida.
Precisamos ter em mente que muitos transtornos podem ser sanados com o uso de aparelhos auditivos com alta tecnologia. Hoje em dia, eles são pequenos, confortáveis, discretos e potentes e se adaptam às mais diversas necessidades.
Agora que você já sabe a relação entre surdez e depressão, leia também nosso novo e completo e-book sobre zumbido no ouvido.