A otosclerose é uma das doenças que ocorrem no ouvido que podem levar à surdez. Mais comum em adultos, estima-se que 10% da população apresente sintoma de otosclerose. Para saber mais sobre esta doença, acompanhe as informações deste artigo.
Otosclerose: o que é e como acontece?
A otosclerose é uma doença hereditária. Portanto, pode acometer tanto homens quanto mulheres. Porém, a incidência de desenvolvimento da doença é maior nas mulheres.
O fato de ter herdado o gene defeituoso não indica que obrigatoriamente a doença se desenvolverá. Ela pode não ocorrer ou ocorrer em diversos níveis de gravidade.
A otosclerose ou otospongiose, como também é conhecida, desenvolve-se nos portadores dessa alteração genética. Trata-se de uma falha na formação dos ossos existentes na orelha, ocasionando o crescimento anormal do menor osso da audição, o estribo.
A doença paralisa este osso, impedindo que ele conduza as vibrações sonoras que vem do exterior da orelha média até a orelha interna.
Importante destacar que a otosclerose pode ser uma das várias causas de surdez do tipo condutiva, quando existirem focos de endurecimento dos ossos ao redor da cóclea que comprometam a condução dos impulsos sonoros até o cérebro.
Ocorre grande parte na fase adulta e pode piorar com a gravidez. Mas nada impede que crianças também a desenvolvam. Na maior parte dos casos, apenas um dos ouvidos é afetado.
Sintomas da otosclerose
Normalmente pacientes que desenvolvem esta doença apresentam perda progressiva da audição, podendo ou não ser acompanhada de zumbido e, algumas vezes, de tontura.
Saiba mais sobre a relação entre a otosclerose e a perda auditiva.
Saiba as causas da otosclerose
Além do fator hereditário ser uma das principais causas da doença, distúrbios no metabolismo, nos hormônios e na circulação vascular, além de infecções virais e traumatismos, podem ser considerados fatores de risco para a manifestação da doença.
Como a doença é diagnosticada?
O diagnóstico deve ser feito por um médico otorrinolaringologista, por meio de avaliação clínica, histórico familiar e exames específicos.
Os exames que podem avaliar a existência da doença e o grau de paralisação da transmissão sonora são audiometria tonal, impedanciometria, timpanometria e timpanograma.
Em casos de acometimento da cóclea, o médico pode solicitar um exame de tomografia computadorizada para identificar outros motivos para surdez ou confirmar a otosclerose.
Tratamentos: de aparelhos auditivos à cirurgia
O uso de aparelho auditivo pode ser uma forma de tratamento para a otosclerose, dependendo do grau da doença, ou recomenda-se o uso de medicamentos que reduzam a evolução do crescimento ósseo. Nos casos em que a doença evolua muito e o aparelho auditivo não seja suficiente para suprir a necessidade auditiva, ainda se pode optar pela cirurgia.
A cirurgia, conhecida como estapedotomia ou estapedectomia, é realizada no hospital, com anestesia geral ou local, dependendo do caso. Com a ajuda de um microscópio, o médico identifica a solidificação do estribo, remove o estribo afetado e o substitui por uma prótese, para que seja restabelecida a passagem das vibrações sonoras para a cóclea.
No período pós-operatório é recomendado que se evite atividades físicas, mergulhos, mudança de pressão e viagens aéreas.
Apesar de apresentar bons resultados, alguns pacientes não podem ou não querem se submeter ao processo cirúrgico. Nestes casos é indicado o uso dos aparelhos auditivos, que atendem bem aos casos de otosclerose.
Quanto antes for feito o diagnóstico, mais fácil o tratamento
Muitas vezes as pessoas acabam se acostumando com a perda gradativa da audição e só resolvem procurar um especialista quando a dificuldade passa a interferir no convívio social e nos relacionamentos.
Há um tabu de que surdez é doença de idosos, mas saiba que ela pode ocorrer nas diversas fases da vida. E quanto antes for feito o diagnóstico, mais fácil o tratamento ou solução. Portanto, fique atento, ao menor sinal de audição, procure o otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo.
Saiba mais sobre os tipos de perda auditiva!