A perda de audição afeta cerca de 10 milhões de brasileiros, quase 6% da população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo assim, ainda é cercada por mitos e desinformação, o que dificulta não só o diagnóstico, mas também o dia a dia de quem tem dificuldade para ouvir. Para entender o que é perda auditiva e o que fazer para amenizar seus efeitos, acompanhe este artigo.
Ao identificar sinais do problema, procure um médico otorrinolaringologista. O diagnóstico precoce é a melhor forma de evitar complicações decorrentes da perda de audição.
O que é perda auditiva
Quem nunca ficou com o aquela sensação de ouvido trancado depois de um show muito barulhento ou após ficar por algum tempo perto de uma caixa de som em volume alto, não é? É quase impossível ouvir o que outras pessoas estão falando, mas essa é uma situação temporária e que costuma desaparecer depois de algum tempo longe do barulho.
Ao contrário dessas situações de dificuldade auditiva temporária, a perda auditiva é permanente, causada por alguma lesão nas vias auditivas, e ocorre quando perdemos total ou parcialmente a habilidade de ouvir, variando em grau e intensidade. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a audição normal permite ouvir sons de até 25 decibéis ou mais baixos nos dois ouvidos; abaixo desse limiar, já se considera uma perda auditiva.
Diferentes tipos
A perda da audição pode ser classificada em três tipos principais:
Condutiva
Ocorre quando há um bloqueio na transmissão do som através do ouvido externo ou do ouvido médio
Neurossensorial
Nesse caso, as fibras nervosas da orelha interna são danificadas e não conseguem transmitir o som corretamente
Mista
É uma combinação da perda auditiva condutiva e neurossensorial e ocorre, por exemplo, quando um dano ao tímpano estende-se até a cóclea
Veja mais detalhes acessando o link:
Conheça os principais tipos de perda auditiva
Graus variados
A OMS divide a perda auditiva em quatro categorias, dependendo do nível de dificuldade para ouvir. Caso não seja tratado, o problema pode evoluir para graus mais severos:
Perda auditiva suave
A pessoa tem dificuldade para entender uma conversa em tom mais baixo, a uma certa distância ou quando há ruídos no fundo
Perda auditiva moderada
Mesmo que a conversa seja próxima, é difícil entender o que está sendo dito pela outra pessoa
Leia também: Perda auditiva moderada: riscos da falta de tratamento
Perda auditiva grave
Já não é mais possível ouvir a maioria das falas e são identificados apenas sons muito altos no ambiente
Perda auditiva profunda
Os sons são percebidos apenas como vibrações
Para saber mais, acesse:
Os diferentes graus da perda auditiva e seus tratamentos
Atenção aos sintomas
Como a perda auditiva, geralmente, é gradual, nem sempre é fácil identificar os sintomas, mas alguns sinais podem alertar para o problema. O mais fácil de ser percebido, obviamente, é a dificuldade para ouvir sons mais baixos. Então, se você está sempre precisando aumentar o volume da TV ou pedindo para que as pessoas falem mais alto, é hora de procurar um otorrino.
Outro sintoma que não deve ser subestimado é o zumbido, que acontece quando o cérebro envia impulsos sonoros ao ouvido mesmo quando não há uma fonte geradora desses sons.
Além de sintomas físicos, a perda de audição também pode se manifestar por sinais comportamentais, como o isolamento social, causado pela dificuldade em interagir, e a desatenção, já que muitas informações passam despercebidas por quem não está ouvindo bem.
Como é o processo de perda de audição?
Em geral, os sons de vogais e consoantes variam de frequência: nas vogais, o som é mais grave, com entonação mais alta, e, nas consoantes, mais agudo, com tom mais baixo. Por isso, pessoas com perda auditiva compreendem melhor vogais do que consoantes, captando as palavras de forma incompleta.
Já nos casos de perda auditiva mais severa, os danos a uma ou várias partes do ouvido são tão intensos que já não é possível captar qualquer som. Em alguns casos, eles podem ser percebidos como vibrações, mas, na surdez completa, há uma ausência total de sensações sonoras.
Fatores de risco para a perda auditiva
Pessoas expostas a algumas condições ou com alguns hábitos e estilos de vida determinados estão mais propensas à perda de audição. Entre os fatores de risco, podemos citar:
- Tabagismo;
- Excesso de peso;
- Consumo exagerado de álcool;
- Menopausa;
- Doenças como artrite reumatóide, meningite, hipertensão, diabetes e tuberculose;
- Uso de medicamentos ototóxicos (que prejudicam a audição);
- Trabalho em ambientes barulhentos.
Causas da perda auditiva
As causas mais comuns de perda auditiva estão relacionadas à idade e à exposição prolongada a sons muito altos, mas, como vimos acima, há vários outros fatores que podem resultar em prejuízos à audição. Entre as possíveis causas, estão infecções, lesões ou mesmo condições de nascença.
Fique atento a outras condições que podem levar à perda de audição. Acesse:
Perda auditiva: conheça as principais causas
A importância do diagnóstico
Embora a perda auditiva não possa ser revertida, o tratamento adequado permite que o paciente leve uma vida normal, além de poder contornar um avanço acelerado no grau da perda. Por isso, é fundamental não adiar o diagnóstico.
Se você tem percebido que já não escuta tão bem quanto antes ou observou essa dificuldade em algum familiar, não deixe de procurar um otorrino. Por meio de exames que avaliam sua saúde auditiva, ele pode detectar, já no início, se há algum problema.
Geralmente, os aparelhos auditivos são a solução mais comum e, se essa for a indicação do seu médico, conte com a AudioFisa para te auxiliar no tratamento. Para que o processo seja ainda mais tranquilo, você pode testar gratuitamente um aparelho com acompanhamento completo de nossos profissionais. Clique aqui e solicite seu teste.