Dificuldade para ouvir alguns tons e para entender conversas, ruídos, distorções e hipersensibilidade. Esses foram alguns sintomas que o compositor Beethoven descreveu a amigos antes de perder totalmente a audição. Neste artigo, vamos explicar a relação entre otosclerose e perda auditiva, sendo a otosclerose uma doença que muitos profissionais da área acreditam que Beethoven teve e que imobiliza o estribo, um dos ossos do ouvido, podendo causar surdez.
Atualmente, cerca de 10% da população adulta no mundo tem algum sintoma de otosclerose, segundo especialistas. O diagnóstico é dificultado pela demora em procurar ajuda médica, já que a perda de audição é gradual e as pessoas acabam se acostumando a ouvir menos. No entanto, como ainda não há consenso entre os profissionais sobre a possibilidade de prevenir a doença, o melhor caminho para evitá-la é a consulta médica.
Apesar de a doença não ter cura, quanto mais cedo for diagnosticada, mais eficiente será o tratamento. Então, acompanhe o texto e, se perceber fatores de risco ou sintomas semelhantes, procure um otorrinolaringologista.
Qual a relação entre otosclerose e perda auditiva?
O sistema auditivo humano é dividido em orelha externa, média e interna. Na orelha externa, as ondas sonoras são captadas e percorrem o canal auditivo, fazendo o tímpano vibrar; a orelha média conduz essa vibração até a cóclea, na orelha interna, com a movimentação de três pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo). Uma vez na cóclea, as vibrações tornam-se sinais elétricos, que são levados pelo nervo auditivo até o cérebro, onde os sons são decodificados e interpretados.
Em uma pessoa com otosclerose, os movimentos do estribo são paralisados, devido a uma falha na formação dos ossos da orelha média e interna. Dessa forma, as vibrações sonoras não chegam até a cóclea e, consequentemente, ao cérebro, o que provoca perda auditiva classificada como condutiva.
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Como é feito o diagnóstico de perda auditiva?
Quais são as causas?
Não existe consenso médico sobre as causas da doença, mas os profissionais acreditam que tenha origem genética e hereditária. Além disso, distúrbios vasculares, metabólicos, hormonais e autoimunes, infecções por vírus e traumatismos também podem levar à otosclerose.
Veja, a seguir, alguns fatores de risco:
- Idade: na maioria das vezes, inicia entre os 20 e 30 anos, mas se agrava depois dos 50 anos;
- Sexo: é mais frequente em mulheres do que em homens;
- Etnia: afeta mais pessoas brancas do que negras e asiáticas;
- Gravidez: em gestantes, a evolução pode ser mais rápida e a perda auditiva, mais grave.
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Quais os sintomas?
Em 70% dos casos, a otosclerose afeta apenas um ouvido e desenvolve-se de forma gradual. Pacientes também relatam dificuldade para ouvir sons de baixa frequência, zumbido, vertigens e problemas de equilíbrio.
Como é feito o diagnóstico?
Para identificar a doença, o otorrino investiga sintomas e histórico familiar e solicita exames como audiometria tonal, impedanciometria, timpanometria, timpanograma e tomografia computadorizada. Os resultados revelam se há ossificação anormal ao redor do estribo e paralisação do mecanismo de transmissão sonora, confirmando a otosclerose, ou se pode haver outra causa para a perda auditiva.
Existe tratamento?
Embora não exista cura, a boa notícia é que o paciente com otosclerose (e que, consequentemente, desenvolve a perda auditiva) conta com eficientes opções de tratamento, que vão de aparelhos auditivos a cirurgias, além de medicamentos para reduzir a evolução da doença.
Em casos de perda auditiva mais leve, o uso de aparelhos demonstra bons resultados; já se o comprometimento da audição está num estágio mais adiantado, podem ser utilizadas tecnologias como os implantes de orelha média ou coclear. Em algumas situações, pode ser necessária a cirurgia para substituir o estribo paralisado por uma prótese.
Agora que você já conhece alguns sintomas e fatores de risco e sabe como se desenvolve a relação entre otosclerose e perda auditiva, fique atento e procure um otorrino caso perceba sinais da doença, especialmente se algum familiar já foi diagnosticado.
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