Depois de algumas dificuldades no dia a dia, você foi ao médico e confirmou a suspeita: você tem perda auditiva leve. Agora, com o diagnóstico na mão, surge outra dúvida: será que é preciso investir em tratamento? A resposta é sim e, neste artigo, vamos explicar por quê.
Mesmo que a perda seja leve, se ela levou a procurar um especialista, é porque já estava causando algum incômodo. Só isso já seria uma boa razão para tratar o problema. Mas há muitos outros motivos para você não ignorar sua condição. Então, se você considera sua perda auditiva algo mínimo, leia com atenção e vai descobrir várias razões para não negligenciar seu tratamento.
O que é perda auditiva leve?
Para começar, o que significa esse diagnóstico? Vamos explicar.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a perda auditiva é classificada em quatro graus, definidos pela capacidade do paciente de ouvir determinados sons. A primeira fase é o quadro leve, quando há dificuldade em entender o som de conversas em volumes mais baixos, a uma certa distância ou com ruídos ao fundo. A pessoa com perda auditiva leve também pode não perceber sons mais sutis, como o tique-taque de um relógio e o canto de passarinhos.
- Para saber mais sobre os níveis de perda auditiva, acesse:
Os diferentes graus da perda auditiva e seus tratamentos
Como na fase leve os impactos na vida do paciente são menos intensos e os sintomas são menos aparentes, é comum que as pessoas achem o tratamento desnecessário, mas ele faz toda a diferença para quem convive com o problema. É mais ou menos como uma pessoa com um grau baixo de miopia: pode não parecer nada, mas ela vê um novo mundo quando coloca seus óculos.
Motivos para iniciar agora o tratamento
Prevenir o agravamento do quadro
Depois dessa breve explicação, você pode estar se perguntando: a perda auditiva pode evoluir para graus mais altos? Sim, essa é uma das complicações possíveis caso o problema não seja tratado, afetando cada vez mais a qualidade de vida do paciente. Como essa evolução é gradual, a tendência é que a pessoa vá se acostumando, aos poucos, a ouvir menos, o que também pode comprometer a adaptação ao tratamento mais tarde.
Leia também: Perda auditiva moderada: riscos da falta de tratamento
Facilitar o convívio pessoal e profissional
Com alguns sons silenciados em sua mente, o paciente enfrenta várias dificuldades em seus relacionamentos pessoais e profissionais. No trabalho, a dificuldade para ouvir pode levar colegas e chefes a considerá-lo um profissional desatento, desinteressado e até mesmo grosseiro, o que pode gerar uma série de transtornos, inclusive uma demissão.
Entre amigos e familiares, o paciente pode começar a ficar alheio a muitas conversas e piadas, por começar a se perder em ambientes em que muitos falam ao mesmo tempo. Além disso, o hábito de sempre pedir que repitam o que foi dito pode gerar constrangimento entre todos os envolvidos na comunicação.
Ressalta-se, ainda, que para algumas pessoas, essa dificuldade extra em seus relacionamentos, pode fazê-la perder o interesse de preservar seus vínculos próximos. Ao, gradativamente, começarem a se isolar socialmente, o fato de não tratarem sua perda auditiva pode conduzir para um quadro depressivo.
Preservar a capacidade cognitiva
Além de todos esses contratempos, a capacidade cognitiva do paciente também pode sofrer prejuízos em função da dificuldade para ouvir. Isso acontece porque o nosso cérebro precisa de estímulos para criar conexões e ativar nossa memória e, se você recebe menos estímulos sonoros, vai ter menos referências para serem acionadas.
No caso de crianças com perda auditiva, garantir a absorção de informações e a criação de conexões é ainda mais importante, pois essa fase da vida é essencial para o aprendizado. Como é na infância que ocorre o desenvolvimento da fala e da linguagem, mesmo uma leve dificuldade para ouvir pode causar atrasos nos processos de aprendizagem e de comunicação e socialização.
Preservar sua qualidade de vida
Você pode até não perceber, mas o esforço que dedica para ouvir diariamente é muito além do normal. Isso porque mesmo a perda auditiva leve dificulta bastante a clareza dos sons aos seus ouvidos. Como consequência, é natural que pacientes com perda auditiva relatem um cansaço físico e mental mesmo em dias de pouca exigência quanto à produtividade.
Além disso, claro, ouvir e comunicar-se melhor com todas as pessoas à sua volta deve ser considerado como um fator de grande relevância para um dia a dia mais agradável.
Importância do diagnóstico
A demora para procurar um especialista é um dos fatores que compromete o diagnóstico precoce de perda auditiva. A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia estima que as pessoas levam cerca de sete anos para procurar um médico e outros dois para iniciar o tratamento, um descuido que, como você viu neste artigo, pode provocar muitas complicações.
Por isso, o ideal é que um otorrino seja consultado assim que surgirem os primeiros sinais de perda auditiva, pois, ao descobrir o problema ainda na categoria leve, é possível evitar prejuízos maiores à sua audição. E não se deixe levar pelo senso comum de que problemas de audição só afetam os mais velhos; muitos jovens podem ter perda auditiva e, em função da idade, demoram muito mais tempo para procurar um médico.
Se você ainda não consultou um otorrino para avaliar sua audição, nossa recomendação é que não adie mais. Caso você ou algum familiar já tenha o diagnóstico de perda auditiva leve e a orientação para o uso de aparelho auditivo, entenda o tratamento como um investimento em sua saúde e qualidade de vida.
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