Toda criança tem direito à escola e ao processo de alfabetização, o que vale também para deficientes auditivos. Aliás, existem leis específicas que garantem esse direito para todos que apresentam algum tipo de deficiência.
A adaptação do ensino e das instituições para atender às necessidades especiais dessas crianças é fundamental. No caso do deficiente auditivo, a alfabetização deve ser de forma mais visual possível, com o uso da linguagem de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e com o acompanhamento de professores especializados.
Dependendo do caso, um aparelho auditivo também pode fazer toda diferença nos resultados obtidos. Saiba mais neste artigo!
Ambiente inclusivo e preparado
O déficit parcial ou total da audição não pode ser um fator limitador à aprendizagem e à alfabetização das crianças que apresentam essa deficiência. Ao contrário, elas necessitam de um ambiente inclusivo e preparado para atender suas necessidades.
Existem alguma escolas específicas para atender somente quem tem uma determinada deficiência. No entanto, vale ressaltar: principalmente na fase da alfabetização, a diversidade e a inclusão são essenciais para o desenvolvimento da criança. Com este amplo convívio social, o deficiente auditivo se sente incluído porque recebe praticamente o mesmo tratamento que os demais alunos, embora com algumas adaptações necessárias.
Já em um espaço exclusivo para deficientes auditivos, o atendimento acaba sendo de segregação, tirando das crianças a oportunidade de se incluir na diversidade do mundo e de, desde a infância, aprender a lidar com ela.
Como se dá o processo de alfabetização?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n°9394/96) determina que deficientes auditivos tenham acesso ao processo de alfabetização e que as escolas da rede pública ofereçam equipe pedagógica capacitada para garantir o ensino das crianças portadoras de necessidades especiais.
A presença da linguagem em LIBRAS na alfabetização do deficiente auditivo se assemelha muito ao processo de aprendizagem dos demais alunos. Ou seja, nessa forma de linguagem, também é aplicada a memorização, o letramento, a aprendizagem do fonema/grafema, leitura e escrita.
A criança com deficiência auditiva deve ter acesso a esse aprendizado por meio de métodos adaptados à sua necessidade.
Aprendizado e memorização
Além das LIBRAS, outras estratégias podem ser utilizadas na alfabetização do deficiente auditivo. A aplicação de recursos didáticos visuais estimula o aprendizado e a memorização, auxiliando na transmissão dos conteúdos.
Professores capacitados e especializados para trabalhar a linguagem de sinais e a presença de um auxiliar em sala de aula, voltado ao atendimento das necessidades desse grupo de crianças, proporcionam atenção individualizada e possibilitam melhor assimilação das lições aprendidas.
A escola também deve proporcionar segurança à criança. Assim ela vai se sentir bem recebida, acolhida e com suas necessidades atendidas como as demais crianças da escola.
Missão conjunta
Escola e pais devem estar juntos no processo de alfabetização do deficiente auditivo. Os pais, além de incentivar e estimular o aprendizado, devem trabalhar em conjunto com a escola porque conhecem bem as preferências dos seus pequenos. A parceria deles com os professores pode garantir um resultado mais eficaz.
Os profissionais de saúde que atendem o deficiente auditivo também podem ser envolvidos no processo de alfabetização. Afinal, eles têm mais competências técnicas para identificar a necessidade de alguma adaptação metodológica conforme o caso da criança em questão.
Aparelho auditivo
O aparelho auditivo é um recurso de aprendizagem fundamental para crianças com perda de audição. No processo de alfabetização, ele auxilia a comunicação e facilita a assimilação do conteúdo.
Os pais e professores devem estar atentos aos sinais apresentados pelas crianças que podem ser indicativos de perda parcial da audição. Retardo na fala, problemas de dicção, falta de concentração, déficit de atenção também podem estar relacionados à dificuldade em ouvir.
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