Aumentar o volume da TV e pedir para as pessoas repetirem o que falaram é uma rotina para você? Então, atente-se: você pode estar perdendo a audição. Para ter certeza de que esse é o seu problema, você precisa procurar o médico otorrinolaringologista e fazer alguns exames que comprovem o diagnóstico de perda auditiva. Como em outros problemas de saúde, quanto antes você identificar a causa, mais cedo pode iniciar o tratamento e restabelecer sua qualidade de vida.
Sabe-se que dificuldade para ouvir é bastante comum e, atualmente, afeta cerca de 10 milhões de brasileiros, quase 6% da população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Não sabe por onde começar? Acompanhe este artigo para saber como é feito o diagnóstico, desde a primeira consulta com o médico até as opções de tratamento que vão lhe ajudar a ouvir melhor. Hoje, em dia, há muitas tecnologias capazes de tornar sua vida mais fácil e independente, mesmo com alguma deficiência auditiva.
Quando procurar um médico?
Em grande parte dos casos, a perda auditiva é gradual e os primeiros sintomas podem demorar a aparecer de forma mais evidente. Por isso, incluir um médico otorrinolaringologista em suas consultas de rotina é uma boa forma de descobrir uma perda de audição logo no início. E, claro, ao notar qualquer dificuldade auditiva fora do comum, antecipe sua visita ao médico.
No caso de crianças, também é fundamental manter o check-up auditivo em dia, tendo em vista seu desenvolvimento saudável para a vida adulta.
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Quais são os exames realizados?
Durante a consulta, o otorrino realiza uma entrevista com o paciente, investigando questões como sintomas, histórico familiar e condições que podem causar perda de audição. O médico também faz um exame físico e solicita testes específicos que vão auxiliar na identificação do problema, como audiometria, impedanciometria e Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico (Peate), realizados por um fonoaudiólogo.
- Audiometria: na audiometria vocal, o paciente deve demonstrar sua percepção e compreensão da voz humana; já na audiometria tonal, ele precisa identificar determinados sons, apresentados pelo fono. Se o paciente for criança, os exames podem ser adaptados com o uso de objetos lúdicos e brinquedos para que a interação seja mais natural.
- Impedanciometria: nesse exame, o fono avalia a estrutura da orelha média e da tuba auditiva através de uma pequena sonda ligada a um aparelho que detecta como as estruturas da orelha reagem a estímulos sonoros.
- Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico (Peate): registra a atividade elétrica no sistema auditivo, da orelha interna até o tronco encefálico, após a apresentação de um estímulo sonoro.
Com base na entrevista com o paciente e nos resultados dos exames, o otorrino consegue determinar se há perda auditiva e suas possíveis causas; o local onde o problema ocorre, que vai apontar o tipo de perda auditiva (condutiva, neurossensorial ou mista); e também o grau de perda (leve, moderada, severa ou profunda), de acordo com os decibéis que a pessoa consegue ouvir. Esses fatores são essenciais para que o médico possa indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir aparelhos auditivos, implantes cocleares e cirurgia.
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O que fazer após o diagnóstico de perda auditiva?
Se os exames confirmarem a perda de audição, não há motivo para angústia, pois há várias opções de tratamento que vão lhe proporcionar qualidade de vida mesmo com algum déficit auditivo. Para isso, no entanto, é importante que o tratamento seja seguido mesmo em casos de perda leve, a fim de prevenir o avanço da doença e garantir uma melhor comunicação.
Caso a recomendação do otorrino seja o uso de aparelho auditivo, o paciente retorna para o fonoaudiólogo, que indicará o aparelho ideal, definido de acordo com o tipo de perda auditiva, estilo de vida e preferências do paciente. O fono também é o responsável pelos ajustes e regulagens do aparelho para que atenda às necessidades do usuário.
Como você viu, o diagnóstico de perda auditiva inclui algumas etapas e, por isso, o ideal é procurar um otorrino o quanto antes para identificar de forma mais rápida alguma possível deficiência. Atualmente, há uma série de opções para corrigir desde pequenos danos até prejuízos mais severos na audição, proporcionando muito mais qualidade de vida.
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