Perda auditiva na terceira idade: como prevenir

A TV alta demais, a dificuldade para falar ao telefone e a necessidade de repetição frequente do que foi dito em uma conversa são motivos para acender o sinal de alerta para um problema que afeta cerca de 70% dos idosos no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO). Conhecida cientificamente como presbiacusia, a perda auditiva na terceira idade é um processo normal do envelhecimento, mas nem por isso deve ser negligenciada.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que um terço das pessoas com mais de 65 anos têm dificuldades para ouvir; acima dos 75 anos, o índice chega quase à metade da população idosa no mundo. O reflexo disso surge não apenas na dificuldade de manter um diálogo, mas pode levar a situações bem mais sérias, como isolamento social e depressão. Por isso, é importante buscar formas de prevenir o problema e identificá-lo precocemente para evitar prejuízos maiores à qualidade de vida do idoso.

“Mas, se é um processo natural, há como prevenir?”. A resposta é sim. Acompanhe esse artigo para saber o que pode ser feito para um envelhecimento saudável da audição e para evitar, ao máximo, qualquer dificuldade auditiva.

O que leva à perda auditiva na terceira idade?

Enquanto envelhecemos, todos os tecidos e células do nosso organismo entram em um processo de degeneração. É por esse motivo que aparecem rugas na pele, por exemplo. Nossa memória pode começar a nos trair e nossa visão e audição deixam de ser tão eficientes.

Apesar de ser uma consequência natural do envelhecimento, há uma série de fatores que podem contribuir para acelerar os efeitos da perda auditiva na terceira idade. Reconhecer esses agravantes e passar a evitá-los desde cedo é uma das formas de prevenir o problema.

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Tenha hábitos saudáveis

Uma alimentação equilibrada, com pouco açúcar e gorduras saturadas, pode proteger nosso organismo de muitos problemas, entre eles, a presbiacusia. Além disso, é recomendável evitar o cigarro e consumo excessivo de álcool, pois, além de todos os inconvenientes já conhecidos, eles também afetam a saúde de nossa audição.

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Evite a automedicação

O Ministério da Saúde lista cerca de 60 medicamentos que são considerados ototóxicos, ou seja, que podem afetar a audição. Entre eles, estão antibióticos, anticoagulantes, diuréticos e anti-inflamatórios. Então, nada de tomar remédios sem a indicação de um médico. No caso de usar uma medicação contínua, você também deve verificar junto a seu médico se ela não é prejudicial ao ouvido interno ou nervo auditivo.

Controle o volume dos sons

Expor a audição a níveis acima de 80 dB por um longo período pode causar danos sérios. Caso trabalhe em um ambiente com muito barulho, a indicação é usar a proteção adequada. 

Já se você adora ouvir suas músicas preferidas em volume muito alto no fone de ouvido, um alerta: o uso prolongado pode levar ao mesmo tipo de perda auditiva de pessoas expostas a ruídos de uma indústria metalúrgica, por exemplo. Passar de um volume mais baixo a outro muito mais alto, de repente, também pode ser prejudicial.

Mantenha o tratamento de outras doenças em dia

Se você tem alguma doença crônica ou problemas como diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto, sabe da importância de manter o tratamento em dia para evitar complicações, não é? 

Mas você sabia que descuidar desse tratamento também pode levar à perda de audição? No caso de diabetes descontrolada, pressão arterial elevada ou acúmulo de colesterol nos vasos sanguíneos, o fluxo de sangue é comprometido, afetando, além de outros setores, a audição. 

Doenças como meningite, Síndrome de Ménière e tumores benignos no nervo auditivo também podem causar perda auditiva.

Consulte um otorrino

Parece óbvio que, para manter a saúde da audição, você deve incluir o otorrinolaringologista em seu check-up anual preventivo, certo? Mas, na prática, não é assim. 

De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, as pessoas demoram cerca de sete anos para procurar um especialista… e isso após perceberem algum dano à audição. Com consultas regulares ao otorrino, você realizará exames importantes para avaliar sua saúde auditiva, por isso, se ainda não tem esse hábito, procure adotá-lo como um importante meio de prevenção.

Atenção aos sintomas

Muitas vezes, é difícil perceber quando o idoso começa a ter dificuldades para ouvir, especialmente se ele se isola e evita a interação social. Nesse caso, o Ministério da Saúde tem algumas orientações que podem indicar o problema por meio da observação.

Preste atenção se o idoso:

  • compreende a fala em situações sociais;
  • consegue entender o que ouve no rádio ou televisão;
  • tem necessidade que as pessoas repitam o que lhe é falado;
  • reclama de algum zumbido ou barulho no ouvido ou cabeça;
  • fala alto demais;
  • evita conversar;
  • prefere ficar só.

 Ao perceber um ou mais desses sinais, o ideal é procurar o médico otorrinolaringologista.

A importância do diagnóstico precoce

O descuido com aquele incômodo zumbido é uma das causas de agravamento da perda auditiva. Sem dar a devida importância aos primeiros sintomas ou com receio de falar sobre eles, muitos pacientes deixam de consultar um otorrinolaringologista, acabam atrasando o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento mais indicado.

Em caso de perda de audição moderada ou grave, identificada por exames como a audiometria, a recomendação é o uso de aparelho auditivo, que pode contribuir para uma melhor qualidade de vida e aumento da autoestima do idoso. Atualmente, há dispositivos muito modernos no mercado, quase imperceptíveis e com altíssima tecnologia. Mesmo assim, muitos pacientes têm resistência em usar o aparelho e, por isso, a família tem um papel importante para auxiliá-lo nessa decisão, explicando como o tratamento pode facilitar e melhorar o seu dia a dia.

Para dicas de como reverter a rejeição ao aparelho, acesse:

Como lidar com a perda de audição na velhice?

Se a recomendação de seu médico é o uso do aparelho, você pode testar, gratuitamente, um aparelho auditivo com conectividade na AudioFisa e avaliar sua adaptação ao tratamento. Clique aqui para solicitar o teste no DF.

 

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